domingo, 13 de outubro de 2013

Quem sou eu?





Não sei quem eu sou quando me vejo, mas sei quem sou quando estou perto de você. Posso até ser um nada, mas prefiro acreditar que somos a razão de nossas vidas.

Não desfrutei o amor o quanto é necessário para compreender que não há velocidade para se ter, é preciso paciência para se conquistar.

Só ele me faz sorrir ou chorar.

Só ele cicatriza minhas feridas ou abre uma fenda no meu coração.

Só ele é testemunha do meu amor ou juiz da minha incapacidade para amar.

Só ele é capaz de projetar um bando de verdades ou referendar a mim como uma grande mentira.

Afinal, quem sou eu?

Eu sou o tempo, inquilino de suas ações, parceiro de sua estupidez, a sombra de tua solidão, a ingratidão de teus atos, porém, sou capaz de refazer vidas.
Reconstrua o seu hoje, acredite, você é capaz de construir o seu próprio tempo.

quarta-feira, 20 de março de 2013

As rosas choram




Seu cheiro encanta, sua energia transcende barreiras, nasceram para serem cuidadas e amadas . A rosa mais importante deste universo, mãe Maria, chora com tanta maldade cometidas com suas filhas.

A conquista profissional e o espaço adquirido no seio social são plausíveis, mas que não resumem a essência deste grande ser, pois nos deparamos ainda com uma violência estarrecedora contra mulheres em Pernambuco e no país.

Dados da Secretaria de Defesa Social (SDS) mostram que no ano de 2012 mais de 200 mulheres foram assassinadas em Pernambuco e a maioria destes crimes é passional.
Os avanços profissionais e o pagamento igualitário do salário nada mais são do que um alento a um ser que merece muito mais.

O homem transformou este universo perverso e para a sua transformação necessitamos da garra e coragem da mulher para combatermos as incertezas, os preconceitos; da sua paciência para entendermos que tudo está escrito e o futuro não nos pertence; do seu lado afetivo para podermos acolher os mais necessitados; do ser mãe para podermos cuidar melhor das nossas crianças afastando-nos das drogas e da violência; da sua capacidade em desempenhar várias funções e lutarmos juntos contra a corrupção, contra miséria, contra as guerras... É você mulher que vai nos mostrar que tudo passa e por isso precisamos fazer as coisas com amor.

sexta-feira, 1 de março de 2013

O país das eleições




Nem nos acostumamos ainda com os novos prefeitos, mal as brigas políticas e desavenças começaram a se acalmar e já vem a discussão de quem vai administrar o país daqui a quatro anos.

O processo eleitoral virou comércio, em que as empresas e as pessoas que vivem disso passaram a se programar como se prepara para um carnaval. Se existe todo ano, então vamos deixar certo já quem confecciona as fantasias, quem planeja os temas, quem vai angariar os recursos e assim está montado o desfile.

O resultado precipitado desta busca pelo poder tem causado danos irreparáveis à nação. O nosso Produto Interno Bruto (PIB) só cresceu 1% em 2012, deixando-nos lá em baixo da tabela se compararmos a outros países da América Latina.
As grandes obras que poderiam mudar a realidade de algumas regiões, como a transposição do rio São Francisco, tão esperada pelos nordestinos, passaram um bom tempo paradas e o custo da obra só aumentando. O Senado e a Câmara ainda não votaram o orçamento 2013 e o que se vê são conjunturas políticas para ocupar cargos e chegarem com força na disputa eleitoral. Desse jeito pode se esperar que o Brasil se configure como nação do futuro? O pensar política não pode interferir na governabilidade.

Ou o patrão está de dentro para tomar as medidas necessárias ou em casa sem dono todo mundo dita as regras e vale quem gritar mais alto. O estímulo ao consumo tem que vir aliado aos investimentos internos que fomentem o desenvolvimento. A hora de vender o Brasil lá fora não é essa até porque a casa está desarrumada. Não estamos conseguindo atender a demanda interna, falta mão de obra capacitada, mas os nossos políticos parecem não estar nem aí e só pensam em viajar e discutir eleição.

Pobre trabalhador brasileiro... trata esta nação como se fosse aquele grande amor não correspondido. Você deu asa para que ela voasse, motivo para que ela voltasse e razão para que ela ficasse. Mas como na vida tudo não são só flores, ela fez das asas o caminho mais curto para os mal feitores, deu motivo para que eu nunca mais quisesse de novo, e razão para que eu entendesse que aquele amor nunca foi pra mim. Nossos políticos fazem tudo isto, mas em terra de um povo de memória curta, este amor será sempre regado a cada 2, 3, 4 anos e se não for a vida inteira.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Alegria, tristeza e mistério



Foi assim mesmo que o mundo ficou ao saber da renúncia do papa Bento XVI. Em pleno carnaval, umas das festas mais comemoradas pelos brasileiros, a notícia, mais que planejada, foi anunciada para que não tivesse tanto impacto e fosse esquecida logo pelo país mais católico do mundo.

Em algumas religiões, a notícia foi tratada com alegria, já que a saída de um líder expõe a fragilidade em um sistema e demonstra que algo de errado deve estar ocorrendo. Como em qualquer empresa que gera lucro e precisa manter clientes, a mudança foi a forma imediata de camuflar o que há anos vem prejudicando a igreja: o conservadorismo e suas opiniões retrógradas.

Já não se consegue mais penetrar no imaginário das pessoas como antigamente. O celibato passou de uma tradição, filosofia ou até um dogma, para uma despesa e derrocada da imagem da igreja – e isto já gera controvérsia dentro da própria cúpula eclesiástica. A proibição da construção de uma família segue os princípios deixados por Deus ou o fator econômico fala ainda mais alto numa briga judicial após a morte de um servo? Bento XVI, mesmo com idade avançada e condições físicas difíceis de cumprir com as missões da igreja, ainda desfruta uma capacidade enorme de entender o que está ocorrendo e só não suportou a pressão que estava sofrendo.

O papa João Paulo II já não possuía capacidade de se expressar tão bem, não andava sem a ajuda de pessoas, tinha dificuldade enorme de comparecer a atos públicos e foi mantido no cargo até a sua morte. Ao seu lado estavam a simplicidade, as ações sociais e o bom relacionamento com as instituições e líderes mundiais. Talvez por tanto legado e uma opinião temida por muitos foi mantido até o fim da vida no cargo.

As religiões enfrentam batalhas que mais parecem clubes de futebol. A essência dos princípios deixados por Deus é deixada de lado e a propagação do doar para viver bem em outro lado ou se sacrificar economicamente – doando o que tem e até o que não tem – com o intuito de ter em dobro tudo ainda nesta vida mostra a fragilidade das religiões e entristece quem veio ao mundo só para propagar o amor e nada mais. Ou edificam templos mostrando que tudo isto é passageiro e que somos guiados por um único Deus que ama independente da cor, etnia, religião, ou viraremos seres vazios guiados por falsos profetas.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

A pedra que mata




O caminho obscuro percorrido por alguns jovens e adolescentes do interior de Pernambuco tem deixado as famílias e as autoridades ligadas à área de segurança do Estado em alerta. O crack hoje está presente em mais de 90% dos municípios brasileiros e já é a droga preferida dos traficantes pelo alto poder de dependência que causa nas vítimas.

O Disque Denúncia Agreste, que foi criado em 2002, em Caruaru, no Agreste do Estado, contabilizou nestes dez anos de trabalho um aumento de 225% no número de denúncias relacionadas ao crack. São pessoas que identificam pontos de distribuição e consumo da droga e imediatamente acionam o órgão para que, em parceria com as Polícias Militar e Civil, sejam iniciadas as investigações. O sucesso desta parceria pode ser comprovado nos dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS), que apontam um aumento de mais de 100% nas apreensões de crack de 2011 em comparação com o mesmo período de 2012.

Esses são exemplos de políticas de segurança importantes no combate a esta epidemia que se tornou o crack, mas é preciso também que sejam acompanhadas de políticas sociais. Os Centros de Reabilitação para Jovens, como o Caud, que é mantido pelo governo do Estado e já existe em Caruaru, ainda disponibiliza um quantitativo de vagas insuficiente para atender toda a região.

Se observarmos criticamente, será possível perceber que estão procurando soluções para o problema quando ele já existe e não na forma preventiva. O fechamento de alguns postos da Polícia Rodoviária Federal, que estavam espalhados em pontos estratégicos, como rodovias que dão acesso às cidades do Sertão, tem facilitado a entrada da droga nas cidades.

O trabalho de esclarecimento e apoio que deveria ser dado pelos professores em salas de aula não pode ocorrer por falta de preparação dos docentes que não sabem lidar com este tipo de situação. Esta incumbência terminou parando em projetos desempenhados pela Polícia Militar, que não pode atingir um grande número de escolas e municípios por causa de efetivo e estrutura.

Vamos transformar este bom momento que vive Pernambuco com a chegada de investimentos público-privados e cobrar melhorias nas áreas sociais. Esta pedra não pode enterrar o futuro dos nossos jovens.

Educação à beira de um abismo





O Brasil pode estar dando um passo para o abismo na educação do país. Este novo projeto de Lei de Cotas, que passou pela Câmara, Senado e foi sancionado pela presidente Dilma, vai separar metade das vagas disponíveis nas federais do país para os alunos oriundos de escolas públicas.

Esse número será distribuído segundo a cor da pele ou etnia do candidato deixando de lado o critério de desempenho escolar. Isto é mais uma medida popular e imediatista que busca, ao término de quatro anos de um governo, apresentar para a sociedade números elevados de pessoas que estão cursando o ensino superior.
O Brasil tem hoje 2.341 instituições de ensino superior públicas e privadas. Este projeto vai afetar 59 instituições federais, incluindo os ensinos médio e profissionalizante ligados ao Ministério da Educação. E é justamente das instituições públicas estaduais e federais que saem 86% dos artigos científicos publicados internacionalmente e que contribuem com as descobertas científicas do país.

Estão esquecendo que jovens que hoje estudam em escolas particulares não por opção, mas porque o ensino público está sucateado, estão se matando de estudar para garantir uma vaga em concorridíssimos vestibulares das universidades federais para, no futuro, conseguirem emprego neste perverso mercado de trabalho. Eles serão penalizados, porque foi a única forma que o governo escolheu para sair bem na foto e justificar crescimento e não o avanço no próximo pleito eleitoral.

Não é desta forma que se dá oportunidade aos mais pobres ou às classes menos desfavorecidas da sociedade não. Os pais que colocam os filhos nas escolas particulares não deixaram de pagar impostos não. Esse dinheiro deve passar a ser melhor empregado no ensino fundamental e médio das escolas públicas e aí, desta forma, estes adolescentes vão conseguir o que hoje só conseguem os que pagam para ter o estudo de qualidade.
 
Mas se já exportamos tanta coisas, contratar mão de obra capacitada será só mais uma no ranking do Brasil dos políticos maldosos e de uma população inocente.

Meu querido povo




Esta frase talvez tenha sido a mais utilizada pelos políticos durante o período eleitoral. Carregada de sentimentos demagógicos, talvez só hoje, com o fim do processo de escolha dos prefeitos e vereadores, alguns eleitores puderam perceber que aquilo tudo não passava de uma troca de favores: o voto pela manutenção do poder.



Não para de aumentar o número de prefeituras que o Ministério Público de Pernambuco passou a investigar e recomendar contratação de servidores que foram demitidos após o período eleitoral com o intuito de prejudicar serviços básicos como educação e saúde.

A desculpa dos derrotados para tanta demissão seria cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e assim entregar a gestão quitada com os débitos e as obrigações em dia. Não dá para entender que no início do ano essas mesmas prefeituras, que hoje demitem, contratavam servidores, abriam concurso, mantinham médicos nas unidades para não deixar brecha para oposição questionar nada.

Não estavam fazendo mais que obrigação, porque verbas federais e estaduais chegam para todos estes serviços. O IPTU continua sendo cobrado, então, não é mérito pra ninguém cumprir com a obrigação. Estes fatos só comprovam que a política de cabresto, camuflada em uma ditadura democrática, ainda existe e está longe de acabar.

A penalidade imposta pelas nossas leis é muito branda para quem vem cometendo estas atrocidades. Por isso, eles voltarão daqui a algum tempo e aí o povo querido já nem lembra mais do ocorrido e elegem estes maus políticos. Não dá para dar as costas para a política e dizer que, a partir de agora, votará nulo, desligará a televisão e o rádio nos horários eleitorais porque a política, seja ela partidária ou não, na sua essência, faz parte do nosso dia a dia, influencia na nossa educação, na nossa economia na forma de se viver em sociedade.

Façamos com ela a mesma reflexão que fazemos com a vida. A seca e as enchentes nada mais são do que o reflexo da maneira que estamos tratando o meio ambiente. O mau político é o espelho das atitudes assistencialistas, do voto pelo emprego, da escolha pela manutenção do poder. E aí ou mudamos a forma de viver a política ou ela nos levará para a escuridão do ser.

A morte familiar




É quase que diário o número de fatos estarrecedores que vêm acontecendo na capital pernambucana e no interior do Estado. Pais estuprando filhas, idosos presos tentando estuprar menores, agressões familiares e filhos que abandonam os pais idosos para ficar com o dinheiro da aposentadoria são fatos que deixaram de ser exceções para virar cotidiano – e quando nós paramos e observamos o que está acontecendo parece o fim do mundo mesmo.

O fim do mundo não quer dizer a extinção da espécie no planeta terra, mas o fim de uma geração que agrega os valores humanos ao dinheiro, que a essência da família não passa de um aglomerado de pessoas, de jovens que definem mártires pela beleza.

Recentemente veio à tona o fato da jovem catarinense que vendeu a sua própria virgindade. Alguns teóricos e filósofos ouvidos sobre o tema acreditam em um mercado onde o dinheiro compra tudo e outros afirmam que os princípios morais de um ser humano estão longe de serem moedas de troca. Esta fantástica discussão, muito pertinente para o momento em que estamos vivendo hoje, demonstra só a ausência da família na hora de construir aquele ser para um mundo feroz.

Mudar a forma de se viver em sociedade olhando sempre o caminho da coletividade, do doar sem olhar a quem, do perdão, não é colocado em prática e aí quando os pais põem suas ovelhas para que os lobos criem, o que elas poderiam aprender, se não o matar por dinheiro, a escolher pelos outros, ao descriminar pela cor, sexo ou classe social.

O livre arbítrio ou liberdade que nós temos para fazer e trilhar as nossas vidas não pode ser jogado para que jovens sem consciência nenhuma e maturidade para entender conflitos complexos escolham o que vão fazer de suas vidas sem antes ouvirem uma orientação.

Ou guiaremos estes seres inocentes para que no futuro as escolhas possam ser norteadas por princípios éticos e morais pensando numa vida mais justa ou serão máquinas guiadas por manobristas viciados em destruir o que foi criado com tanto amor.

O esperado 2013





Se fosse um filme, talvez o gênero ainda não pudesse ser definido. Começou sendo uma história de contos de fadas onde tudo iria ser melhor. A economia iria crescer e, consequentemente, os investimentos seriam aumentados em benefício da população. Foram se passando os meses, aí vem a crise que terminou assolando os países considerados potências mundiais e os economistas já não sabiam mais o que dizer.


Mas se o período era de eleição, vamos “chutar” os números para cima. Não seremos afetados, isso que ocorre lá fora não afeta mais um país de economia sólida. A palavra da vez é o otimismo. E o que dizer das chuvas que mataram as pessoas que moram em áreas ribeirinhas e a seca que dizimou animais e seres humanos? O jeito foi colocar a culpa em São Pedro, que não mandou chuva onde precisava ou mandou demais onde não era para chover. Os roteiristas já começaram a mudar o rumo da história e de conto de fadas já virou um drama.

Aí chega o segundo semestre de 2012 e, com o período de eleições se aproximando, começam os projetos de mudança das cidades, tudo pode acontecer com grandes transformações em áreas como saúde e educação; construções de novos hospitais, escolas e as construções de casas para os favelados não podiam ficar de fora dos projetos ambiciosos dos políticos. O que dizer deste filme? Mudamos de roteiro ou seguiremos essa trama? Deixa pra lá... o que importa é que a história está sendo bem contada. Fim de ano chegando, festas pra tudo que é lado e ninguém nem se lembra depois de comentar que o filme não seguiu roteiro.


Só que ninguém contava com o agravamento da crise, a matança por dinheiro, por droga e pelo poder também não estava no script, então o jeito foi empurrar o otimismo para o próximo ano. Não deu mesmo e por causa destes últimos episódios vamos esperar 2013 que tudo será diferente. Gente, não quero sentar na poltrona e ver o “repeteco” desse filme na sessão da tarde não. Quando comentaram que seria um ano bom, enganaram porque sabiam que ainda não estamos preparados para receber as “divindades” deste crescimento prometido. Como posso crescer se o dinheiro público beneficia poucos através dos “jeitinhos”, para não dizer dos roubos que acontecem nesta nação.


Períodos mais chuvosos ou de seca teremos sempre, agora é preciso dizer que o dinheiro, que seria investido nas ações de prevenção de encostas, retirada das pessoas que moram em áreas ribeirinhas, na contratação de carros pipas, não foi bem aplicado e por isso voltaremos a repetir os mesmos erros dos anos anteriores. A violência continuará crescendo embalada por uma sede de poder que não acaba mais, porque se quem estuda e trabalha honestamente vive na pobreza, então vão continuar buscando meios obscuros para poder crescer, vão ser políticos ou outra coisa assim.

Só mudaremos esta realidade quando a transformação começar pelas pessoas. O filho que tem família aprende, desde cedo, lições de conduta ética e moral. A escola e os educadores serão só condutores de uma construção que começou em casa. Será desta forma que poderemos abrir a porta e entregar nossas crianças ao mundo porque saberemos que lá fora não teremos mais gente pedindo migalha para trocar voto por esperança. Aqueles que pensarem em enganar o povo em benefício próprio talvez nem exista porque a verdade vai doer na sua consciência.


Ou começamos agora a mudar a si mesmo ou 2013 será uma comédia com final de terror como estamos acostumado a ver.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Orgulho de ser brasileiro




Dados divulgados recentemente sobre o índice Desenvolvimento Humano (IDH) classificam o Brasil na posição 84º de 187 nações avaliadas em todo o mundo. Estes dados são de um programa das Nações Unidas e os pontos analisados para classificar os países são expectativa de vida, escolaridade e renda média da população.


Se passarmos uma linha imaginária cortando o país, vamos encontrar, de um lado, fatores econômicos que nos colocam em posições privilegiadas नो प्लानेता.


Estamos entre as 20 nações com o maior poderio econômico do mundo, com um crescimento do Produto Interno Bruto que ultrapassa países da Europa। Chegamos até a doar dinheiro para países que enfrentam crises e tragédias naturais. Se, de um lado, despontamos economicamente, do outro, não conseguimos transformar esta quantia de dinheiro em investimentos sociais.

Mas como poderemos crescer socialmente se as autoridades políticas desviam por ano mais de R$ 80 bilhões dos cofres públicos? O dinheiro que deveria estar sendo empregado na educação, saúde e segurança está indo para o bolso de pessoas inescrupulosas que roubam a nação a qualquer hora do dia। Até quando seremos pacíficos com isto tudo? Aquele suspiro de democracia e de jovens conscientes que na década de 1990 invadiram as ruas brasileiras para pedir a saída do presidente Collor de Melo vai ficar marcada só nos livros.


Está longe de episódios como aqueles voltarem a acontecer, não por falta de provas e de escândalos, mas por causa da sociedade brasileira, que, hoje em dia, está impregnada do individualismo. “Se está bom pra mim o resto pode sofrer”, “não denuncio para não ser prejudicado lá na frente”, “não investigo por dever favores”, “não penalizo por amizade” e assim vamos silenciando os que buscam uma sociedade mais justa.

Os que poderiam servir de exemplos falam palavras que com o tempo se tornam ações, as ações, aos poucos, mudam os hábitos, os hábitos vão mudando a conduta e isto termina definido o destino da sociedade।

terça-feira, 9 de agosto de 2011

No topo do pêndulo




A natureza trabalha na sua capacidade máxima, colocando chuva em terras que nunca viram água, sol onde os cantos só avistavam gelo e mudando a rotina de pessoas que antes programavam sua vida com antecedências.

Mas é só ela que está trabalhando no seu limite? Um estudioso no tema ser humano lançava quase que mensalmente livros falando sobre o futuro da humanidade, o que deve ser feito para obter sucesso, quais doenças atingiram o planeta no futuro e assim conseguiu o sucesso que tanto almejava.


Os anos foram passando e aquele que, para muitos, era considerado um fenômeno em prever o futuro da humanidade parou de escrever. As editoras procuravam explicação, os leitores reclamavam, mas ele sempre dizia que estava cansado de rotina e agora iria procurar descansar e aproveitar o tempo que restava de vida. Na verdade, o escritor não sabia mais o que falar e nem muito menos conseguia prever o que iria acontecer nos próximos minutos.



O certo agora é incerto, a verdade de hoje é a mentira de amanhã, o previsível tempo agora dá espaço ao acelerado e louco relógio que não para de girar. Aquele estudioso foi considerado, por muito tempo, sábio falando sempre o óbvio, acreditando sempre na inércia da espécie. Pensar era para poucos, então, dominar sempre foi muito fácil.




O que dizer agora dessa geração que bebe desenfreada, se droga para esquecer os problemas, vive em função do sucesso, alimenta a alma de sentimentos perversos e não está preparada para o inesperado? Desfilavam, jogavam, cantavam esperando ouvir seu nome na multidão. Dinheiro para comprar, comer e fazer o que bem entender chega a todo instante e parece não saciar aquela cabeça confusa. Confusa de quê, se almejaram tanto isso? O que chegou em abundância parece agora não valer nada.




Passaram a entender que os colegas nunca foram amigos, que os conselhos eram para serem seguidos, que família não fazia volume, mas era a essência e a base de tudo para a felicidade. O pêndulo descerá um dia, não na mesma velocidade que subiu, mas lentamente, para que possamos deixar de lado a intolerância de tudo e para passarmos a amar intensamente o que fazemos e acreditamos ser melhor para o mundo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sentinela da liberdade





O sentimento de liberdade parece ter florescido no ser humano de um jeito que não se admite mais aceitar imposições que venham a ferir o direito de enxergar o mundo de forma natural. Há vinte anos, não imaginávamos que líderes políticos autoritários fossem expulsos do poder por protestos populares que não aguentavam mais viver à sombra da escuridão.



Este despertar mental se deve a quê? Não aguentaram mais a dor da algema ou o mundo globalizado mostrou que viver de forma democrática é melhor? Infelizmente, a dor continuaria extirpando os sentimentos de quem vive na sombra da escuridão porque o ser humano parece se acomodar, sem nem ao menos questionar o que está acontecendo.



É verdade que a globalização fomentou este sentimento de cobrança, de questionamentos, do saber o que está acontecendo. A internet encurtou conhecimento, aproximou pessoas, mas é preciso vigiarmos esta liberdade que muitos pensam ter adquirido e que todas as pessoas precisam aceitar. Aquela maneira de protesto dos bombeiros no Rio de Janeiro passou de uma reivindicação para uma baderna.




Tiveram a liberdade de escolha quando decidiram ser bombeiro, estavam livres para dizer “Eu não aceito mais o salário que recebo e, por isso, não quero mais trabalhar”. Mas não tinham a liberdade de depredar o patrimônio público para chamar a atenção do governo. Filmar cenas de sexo com namoradas, noivas e depois que o relacionamento terminar exibir aquilo na internet, com a intenção de acabar com a moral de uma pessoa. Aquele momento de liberdade foi também de confiança, de paixão, de amor, mas que não dava o direito de expor com os outros aquele momento íntimo.




Os jovens e crianças hoje sentem prazer de brigar ou agredir alguém na escola para correr na esquina e postar na internet aquele momento de bravura. Essa geração tecnológica precisa sentir a ditadura para saber que as pessoas que lutaram naquela época buscavam liberdade para se expressar, para escolher o futuro do país. Santa Joana Darc buscava a liberdade dos justos e morreu sentindo na pele a dor de lutar pela liberdade.




Termina sendo um paradoxo mostrar estas duas faces da liberdade, mas elencaria milhares de pessoas que buscavam na essência da liberdade o prazer de ser feliz. Ou vigiaremos esta liberdade que se esconde em seres humanos medíocres e calculistas ou teremos um mundo baderno de hipócritas querendo ser heróis.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O poder sem poder






Parece contraditório, mas é o que está acontecendo nos países e instituições que vendiam pureza e inteligência exacerbada. As manchetes da morte do terrorista Osama Bin Laden e a beatificação do Papa João Paulo II são demonstrações de poder que não mais convencem uma sociedade que busca no saber pensar a resposta para omissões contadas.


O relógio avança e as eleições presidenciais fizeram com que o presidente Barack Obama encontrasse resposta para justificar os gastos com as investidas na busca de derrubar o líder da Líbia Muammar Gaddafi e as frustrações com as investidas na guerra contra o terror no Paquistão.


A oposição americana parece ter mudado a forma de agir e de pensar daquele homem que foi eleito no intuito de congregar nações e celebrar as diferenças raciais. Encontraram em Bin Laden a forma de aumentar a autoestima de um povo que está sendo bombardeado de dúvidas. Dúvidas se continuarão como maior potência do mundo, dúvidas se conquistaram a hegemonia com pilares da verdade, dúvidas de que são seres humanos ou máquinas de resultados.


Quando prenderam Sadan Hussein fizeram questão de filmar o seu enforcamento e divulgar para o resto do mundo. Por que com o Bin Laden resolveram jogar seu corpo no mar por respeito às tradições e a religião mulçumana? A verdade é que o momento justifica a morte de um dos homens que mostraram a fragilidade da segurança e acabou com o sossego da maior potência mundial. Bin Laden já não existe há muito tempo, mas para os americanos foi mais uma vitória da nação.



Esta ação desastrosa só proliferou os Bin Laden que nascem a todo instante nos países árabes e que sonham com a destruição de um povo que dorme e acorda com uma hegemonia que não existe mais.


Se uns comemoram o troféu da morte, outros procuram celebrar, em tempo recorde, a beatificação de um homem que não precisa de rituais e nem de festa para celebrar o que está vivo ainda. João Paulo II deixou para nós a essência da simplicidade e do amor ao próximo, mas se o momento não fosse de escândalos e de decadência, estaria vivo só na memória daqueles que comungam do mesmo pão.



De um lado, uma nação que pode omitir fatos, mas não pode mais acabar com incertezas, as frustrações e o medo do seu povo. Do outro, uma instituição que pode ainda extirpar sentimentos, mas não pode mais acabar com os escândalos provocados por ela mesma.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Calcular o incalculável



As mortes de crianças na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, são o retrato de uma sociedade que procura nos números representar o incalculável prejuízo causado por ela mesma. Antecipar campanha do desarmamento e aumentar a segurança nas escolas são medidas paliativas que não vão conter o que está entranhado na mente doente de seres humanos que alimentam a desilusão, o preconceito e a falta de oportunidade ao espírito perverso.


A prova da ineficácia destas ações está nas medidas adotadas pelos Estados Unidos para conter este desequilíbrio, mas, vez por outra, o problema volta a acontecer. Trilhões foram gastos na guerra do Afeganistão e do Iraque na tentativa de acabar com o terrorismo e até hoje a população destes países sofre com a insegurança e sonha na esperança de dias melhores. Calcularam o armamento que iriam usar, quanto seria gasto, o que ganhariam com esta guerra, mas esqueceram que do outro lado estavam mentes com poderes incalculáveis dispostas a morrer pelo troféu do sofrimento.


É muito fácil calcular ações imediatistas: controlando a venda de armas, diminuiremos mortes; aumentando o número de segurança, controlaremos os atos de violência. Mas não é de imediatismo que alimentamos a mente humana. Se dermos liberdade de escolha de religião ou sexualidade, por exemplo, vamos ter mentes menos oprimidas. Se escutarmos mais antes de punir, estas mentes pensarão antes de tomar uma ação. Se dermos amor de forma exagerada, aí nem espaço estas mentes terão para colocar pra fora sua perversidade.


Cada ato de extremismo e cada corpo enterrado são provas da incalculável dor da ausência de uma família, da privação imposta por uma sociedade que só enxerga os valores materiais. Ou aprendemos a conviver com as diferenças ou lutaremos numa guerra de mortes incalculáveis.

terça-feira, 22 de março de 2011

O mundo incompleto de Jesus


Foi com esta frase que um lavrador resumia a história do mundo criado por Jesus. No primeiro momento, acreditei ser um desabafo de um homem que já vinha sofrendo as consequências desta sociedade avassaladora. Aquela frase me deixava inquieto e eu não parava de pensar em respostas. Aquela primeira impressão de um homem sofrido, cansado de ouvir não de uma sociedade preconceituosa e castradora de valores, agora, dava lugar a uma reflexão de descrédito com tudo que tinha sido criado com muito amor pelo Pai. O sentimento de dúvida tinha sido criado e não poderia deixar que se permeasse por muito tempo. Depois de reflexões, passei a compreender que aquele homem tinha me deixado uma grande mensagem. Deus criou os rios sem as pontes, a natureza sem as estradas e os campos sem casas. As águas estão correndo ali e você dirá se quer morrer afogado ou irá lutar para construir sua ponte. O verde da natureza foi dado, agora, cabe a você construir sua estrada. Edifique sua casa nos campos que foram deixados. Você terá o livre arbítrio de edificar seu lar com verdade, com amor, alegria e tudo que te faça feliz. O incompleto se tornou perfeito a partir do momento que compreendi que basta um ato omisso ou perverso para que histórias e sentimentos sejam carregados pela água da correnteza. A estrada foi aberta, mas, se por acaso, deixei a humildade de lado e passei por cima de tudo que encontrei pela frente, esta estrada prosseguirá, só que desta vez com idas e vindas. Comecei a edificar a minha casa e o material que utilizei foi a inveja, foi a discórdia, consequentemente, os moradores serão seres humanos acostumados a viver sob a sombra do outro, serão vazios e nunca encontrarão a felicidade. Viva o incompleto de Jesus buscando sempre a perfeição do sentimento construído por ele, o amor.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Hipocrisia: o cargo eterno dos mortais


A passagem da faixa presidencial de Lula para Dilma, no início do ano, marcava não só uma despedida dos privilégios do cargo para ele, mas uma pausa na hipocrisia humana. O pior é isso fará falta para aqueles que vivem sobrecarregados de ilusões deste mundo.


Os olhos cheios de lágrimas do ex-presidente Lula pareciam não acreditar que, após aquele momento, as pessoas não chorariam mais por discursos banais, sem contexto ou popular, como queira utilizar para definir o vazio.


A pressa em não esperar o discurso de posse era para escutar o grito “Ôlê, ôlê, olé, olé, olá, Lula, Lula...”, que talvez agora só passe a escutar o eco da sua consciência. O aperto de mão e os abraços longos eram como se dissessem: “A partir de hoje não sou mais ninguém. Não tenho poder de compra, não tenho mais aquela mão pesada para contratar e nem demitir, voltarei a ser Luiz Inácio da Silva e não mais o ‘Lulinha’”, como diziam os hipócritas. O gosto pelo poder faz estas pessoas, muitas vezes, esquecerem que são mortais.


Mentem para agradar a amigos e inimigos, omitem para camuflar as fraquezas, escondem o passado obscuro para construir um futuro sem lei. Só conseguirão se libertar quando olharem para dentro, porque a partir do momento que continuarem olhando para fora, vão sonhar com um mundo fantasioso.


A única certeza que temos como ser humano é a da morte, por isso, é dada a importância da construção de um passado alicerçado no princípio da verdade, da ética, dos valores morais e humanos, para que o presente sirva só para conduzir as coisas com amor.


O futuro não mais pertence a nós, poderá ser que não estejamos mais aqui, e aí as contas da vida não serão prestadas, mas responderemos pelo o que foi construído neste teste de início, meio e fim.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Um sentimento chamado política




Tentei explicação no Aurélio e não encontrei. Nos livros históricos, encontrava apenas sua essência, mas nunca o sentimento da palavra política. Queria explicação para algo que parece estar na nossa frente, mas que é no inconsciente onde tudo está armazenado.

Olhar as crianças acompanhando caminhadas, jovens com os rostos pintados, adultos chorando pelos seus líderes é inexplicável. Alguns chegam a arriscar que, se estivesse vivo, Freud chamaria de “conscientes do mundo moderno” .

Mas esse sentimento chamado política, como o mundo, passa por transformação. Se retrocedermos, vamos lembrar que a luta pela redemocratização foi buscar no íntimo das pessoas o sentimento de coletividade.


Os jovens e adultos iam às ruas na busca de persuadir aqueles que não conseguiam enxergar que tínhamos perdido a capacidade de se expressar, de cobrar, de informar e de refletir se aquela forma de governo era melhor para todos.

O sentimento chamado política não pode ser este de votar porque ganhou dinheiro, porque conseguiu emprego pra algum parente ou conseguiu ser atendido de forma mais rápida no sistema público de saúde.


A conduta do candidato, a análise do seu plano de governo, os guias eleitorais já são deixados de lado pelos “conscientes do mundo moderno” e isto está causando um enorme prejuízo à sociedade.


É através deste voto que escolheremos deputados pensando em privilegiar uma minoria, senadores aprovando leis para poucos e presidente executando o que lhe dará mais capacidade política de administrar, com privilégios, e longe dos apelos populares.

Talvez nem pensaram na hora de parafrasear Freud, gênio no entendimento do ser humano, ele jamais diria uma bobagem dessa que escutamos de “conscientes no mundo moderno”.


A expressão entrará logo em desuso quando recorrermos ao sistema público de ensino e encontrarmos mentes sucateadas, procurarmos por parentes nos hospitais e escutarmos que infelizmente não deu para salvar vidas, recorrermos à justiça para saber que ela tarda e custa a chegar.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Existe razão para a razão ?


As horas passam, os meses voam e os anos vão ficando para trás. Mas a verdade é que existe uma correlação muito forte no que estamos vivendo hoje e o que foi construído ou executado anteriormente.

Pensar em eleger um candidato para assumir os rumos de um país é uma vitória se pensarmos que há algum tempo isso era feito de forma imposta, sem a participação popular.

Conseguir penalizar, através da lei, aquele ato irracional de agressão verbal ou moral aos negros, mesmo sabendo que há bem pouco tempo eles apanhavam para trabalhar, se alimentava como selvagens e dormiam amarrados para não fugir daquele sofrimento.

Foram muitos testes, mas aquele pequeno sobrevoo que Santos Dumont deu ao redor da Torre Eiffel começaria a mudar a realidade de uma sociedade. Aproximamos conhecimentos, distribuímos riqueza e, o mais importante, conseguimos conhecer as maravilhas deixadas por Deus de forma mais rápida e prática.

Alguém precisou agir com sua consciência para barrar agressões, medos, preconceitos e outras formas de enxergar e viver a vida em sociedade. Mas o quanto nós ainda precisamos ouvir a consciência! Abrir os jornais e ler a manchete: “Ex-prefeito deixa cadeia para se candidatar a deputado”, “Ídolo do Flamengo está envolvido no assassinato de sua ex-namorada”

O que pensa uma pessoa que já cometeu vários crimes e ainda persiste em legislar para um Estado? A consciência dele ainda não passou aquele “filme” que mostra pessoas morrendo de fome porque o dinheiro público foi utilizado de forma incorreta, famílias dormindo nas ruas porque não têm casas, crianças entrando para a marginalidade porque lhes foi tirado o direito de estudar.

A nossa consciência não pode ser apagada. Está na hora de a usarmos para acabar com injustiças e devolver para os futuros jovens aquele sentimento nostálgico. Deitar e olhar pra trás e saber que teve conscientes que lutaram pela democracia, conscientes que mudaram a realidade de um povo, conscientes que reconstruíram a moral e a dignidade de quem já não sabia mais o valor da vida.

Que ídolo é esse que mata? Fazer de um ser humano herói porque veste a camisa do time que torço, porque é valente e já matou centenas de pessoas, rouba e não é preso, consome droga, e ainda não morreu, é deixar que sua consciência padeça na escuridão. Só construiremos um mundo melhor quando agirmos com a consciência do amor. Amar na hora de assumir um cargo público, amar na hora de pregar justiça, amar na hora de pensar...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A ética para não ser ético




Já está em vigor o novo Código de Ética dos Médicos (CEM). Depois de alguns anos em debate esperávamos que, realmente , o princípio ético norteasse as páginas daquele código que , agora, será seguido pela classe.

O fato de aceitar eticamente a prática da ortotanásia é, no mínimo, contraditória para um profissional que prima pela vida. O CEM recomenda aos profissionais que evitem exames ou tratamentos desnecessários nos pacientes em estado terminais. Ao invés de ações “inúteis ou obstinadas", como diz o texto, é aconselhada a adoção de medidas, que reduzam o sofrimento do paciente.

Instituído nas mais variadas profissões, o Código de Ética vem exemplificar para o profissional que não basta apenas números, letras, fórmulas é preciso ter caráter e saber agir dentro dos princípios morais para se viver em sociedade.Pois bem, em filosofia a palavra ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade. E Analisando filosoficamente, em que momento seria bom para o indivíduo ou para a sociedade a ortotanásia ?

Imaginemos se os jornalistas na sua árdua missão de denunciar e cobrar dos poderes solução para uma determinada situação fossem utilizar de medidas paliativas para resolver os problemas. Encontramos todos os dias pessoas em estado “terminal” sem teto para morar, com fome no meio da rua, à margem da prostituição, da marginalidade. Mães que enxergam na nossa missão, uma luz no fim do túnel ,para que estes problemas sejam denunciados e posteriormente solucionados.

Se também os advogados fossem recusar a oferecer justiça para aqueles que um dia perderam a liberdade de forma errônea. Arrumar medidas paliativas para quem já não pode desfrutar da liberdade, alimentar por um tempo um esfomeado é justificar este processo avassalador da vida x dinheiro.

O médico nordestino Bezerra de Menezes um dia mostrou a sociedade ,que por trás daquela bata branca ,estava não só um profissional comprometido com as suas atribuições, mas um ser humano capaz de renascer nos brancos e tantos pretos que passavam por suas mãos à esperança de viver.

Espelhem- se na ética deste médico e rasguem o que um dia foi julgado como ética.

Fonte da Foto:futurodopresente.com.br

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O mundo pobre dos pobres




É abrir a janela e se deparar com um emaranhado de casas uma em cima da outra, sem infraestrutura nenhuma. Do alto se enxerga tudo, os bairros mais nobres, os shopping, os restaurantes finos, mas aquela vista privilegiada esconde o risco que correm essas famílias todos os dias quando o tempo muda.

É mandarmos os nossos filhos para as escolas públicas e o que encontramos são professores desmotivados pelo baixo salário que ganham, salas de aulas com quadros de giz, sem ventilação, e ainda não são todos os dias que se encontra merenda. E se as crianças adoecerem, ficaremos em longas filas à espera de uma consulta, em hospitais que faltam médicos, faltam medicamentos e sem infraestrutura nenhuma para atender os pacientes.

Só servimos para aumentar estatísticas da violência, de mortes e desemprego. Pesquisas recentes apontam crescimento da classe C no país, que já representa hoje 49%, enquanto as classes A e B, juntas, representam 16%. Os outros 35% ficaram com as classes D e E. Esses dados foram divulgados pela a imprensa e o órgão avaliador como positivo. Basta refletirmos um pouco para saber que, dificilmente, melhoraremos estas estatísticas.

Esse quadro em que vivemos hoje me faz lembrar a história de um rei que governava um determinado país. Depois de décadas de reinado, o rei estava percebendo que algumas pessoas começavam a ficar inquietas com a situação em que viviam. Com medo de uma revolução popular que pudesse tirá-lo do poder e assim perder toda aquela mordomia, o rei reuniu alguns dos seus amigos para relatar a situação. Depois de ouvi-lo, um dos seus seguidores levantou a mão e disse que tinha a solução para aquele problema.

O rei, animado com o que tinha escutado, pediu para que explicasse o que tinha pensado. O seu amigo disse que tinha um remédio que, se usado na comida oferecida à população, todos perderiam sua consciência, e desta forma não reclamariam da real situação.


O rei não teve dúvidas, mandou comprar o remédio e, no dia seguinte, serviu a toda a população. Ao invés de melhorar, o rei notou que a situação tinha piorado, pois agora a população já não entendia o que o rei explicava e reclamavam de tudo. Pressionado, o rei resolveu reunir de novo os seus amigos e tomou uma decisão que ninguém esperava. Ele resolveu também tomar o remédio e ficar igual à população, sem consciência. Até hoje ele governa sem problema nenhum.


Essa história nos faz lembrar os políticos brasileiros. Realmente, eles aprenderam com o rei a falar a língua dos loucos. Melhorar a saúde é falir os empresários que financiam campanhas e que também são donos dos planos de saúde. Melhorar a segurança pública é prejudicar as milícias, os coronéis e deputados que não sabem mais onde guardar dinheiro com as empresas de segurança.


E na educação? Será que se tem interesse de mudar esta realidade? Não querem criar jovens críticos e conscientes para no futuro reclamarem da situação.


Pois bem, os pobres do Brasil só podem contar com o amor de Deus, este que é infinito. Ao invés de perguntar “o que queres tu de mim?”, Jesus inverteu e disse: “de mim o que queres?”. Assim, ele continua derramando o seu amor, sabedoria, felicidade para aqueles esquecidos por este mundo apodrecido.


Fonte da foto: isadoraduncan.es

quinta-feira, 18 de março de 2010

Luz de cego e cego de luz


É assim que começa o dia dos brasileiros. Ao abrirmos a janela, já somos recebidos por forte luz que ilumina as nossas manhãs e tardes. Mas a luz não só deixa mais bonitas as paisagens ou as pessoas alegres, como nos torna seres diferentes.

A luz que recebe uma mulher para gerar vida não pode ser desprezada por atos irresponsáveis que venham a ser cometidos. Imaginemos se naquele feto, abortado, estivesse o ser que iria revolucionar a medicina com a cura do câncer e da AIDS.

Ou se ali estivesse a criança articuladora que pudesse convencer a sociedade de que nunca iremos conseguir destruir a natureza, mas ela, sim, nos destrói quando quer.

A luz está aí para iluminar todos de forma igualitária, basta que abramos os olhos e o coração para recebê-la. A luz trouxe a inteligência necessária para que o brasileiro Alberto Santos Dumont chegasse a criar o avião, mas não sabia ele que mais tarde sua grande invenção seria usada por quem já estava cego de luz e só enxergava, naquela obra, a maneira mais fácil de dizimar milhares de pessoas nas duas guerras mundiais.

A luz que iluminou Dumont foi a mesma que encontrou Nicolau dos Santos Neto. Homem que conseguiu, através dos estudos, passar em um dos concursos mais concorridos do país e chegou a ser juiz de direito. Em suas mãos, foi depositada a responsabilidade de fazer justiça e lutar por um país mais igualitário.

Mas parece que aquela luz cegou o magistrado e o fez encontrar no cargo a forma ilícita de enriquecimento.

Entre os crimes que cometeu quando estava na ativa, estão o peculato, corrupção e estelionato pelos desvios de verba na construção do Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo.

Pois bem... Não podemos reclamar da luz que nos traz felicidade, saúde e sabedoria. Deixaremos, sim, os protestos para aqueles que um dia foram iluminados, mas resolveram escurecer os olhos por causa da ganância e do poder .

Certo dia, um iluminado sábio já não aguentava mais ver tanta maldade e ouvir tanta injustiça que se afastou da sua vida social.

Os amigos perceberam sua ausência e foram até o seu encontro. Chegando lá, encontraram um homem triste e decepcionado, e perguntaram o que podia fazer para ter de novo aquele sábio das palavras entre os seus lares. E o sábio respondeu: “Gostaria que vocês me trouxessem um amuleto com as respostas para isto tudo que estou vendo e escutando”.

Os amigos ficaram perplexos com o que viram e escutaram porque de uma mente sábia daquela não poderia sair um desânimo e um desconsolo com a vida. Mas resolveram ajudar e demoraram bastante para encontrar um presente que respondesse todas aquelas inquietações. Marcaram um novo encontro e foram até o sábio entregar. Chegando lá, o sábio perguntou: “Conseguiram respostas para aqueles meus problemas?”.

Os amigos tiraram de uma caixinha vermelha um anel de ouro e o entregaram. Ao observar, o sábio se deparou com a seguinte frase escrita no anel: “Não desista, tudo passa”.

Essa história vem confortar os milhares de brasileiros que morrem de estudar, mas são ofuscados pelos cegos. Aqueles que depositaram seus sonhos na sua profissão, mas, no caminho, encontraram um cego que só cobrava e humilhava os seus subordinados.

Realmente, vamos ter que conviver com os cegos que não souberam aproveitar a luz. A mudança só será feita quando deixarem a luz do amor penetrar em seu coração.

Fonte da foto: poetik4ever.blogspot.com

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Conversa com Deus


Meu Deus,


Chegamos a um caminho que só a fé em ti nos faz acreditar em dias melhores.
Procuro entender os sentimentos do ser humano, mas cada vez mais fico distante destas respostas.

A inveja o faz perverso, a maldade o faz sanguinário, a falta de amor o tornou infeliz.
Pai, transformaste a espécie em tua imagem e semelhança, depositaste toda tua inteligência nesta criação e não cobraste nada em troca?

E o pai respondeu:

Só quero que transmita para os teus irmãos a alegria de viver.


Agradece pelas tuas conquistas, pela tua família, pela tua saúde e devolve para o teu inimigo o amor que derramei na cruz para salvar a minha criação.

Meus órgãos ainda derramam sangue quando enxergam injustiça.
Sinto na pele a dor da ingratidão.


Meus olhos lagrimejam com a omissão, mas, filhos, não esqueçam que não deixo de escutar os apelos dos mais necessitados.

Respiro todos os dias a esperança da verdade e não deixo de falar para o mundo o amor que sinto pelos meus filhos.

Abre teu coração e recebe este sentimento para que tudo passe a ser diferente.


Amém


Fonte da foto: 4.bp.blogspot.com

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Aprendiz do Fracasso




Esta é a máquina chamada “sociedade”, que não para de fabricar seres humanos cada vez mais fracassados. Fracassados na forma de agir, pensar e de ser. O planeta terra já foi, por muitos séculos, dividido por traços, cores, nomes e outras fórmulas de noções básicas, capazes de fazer qualquer ser humano ter noção de onde habita e como é o seu lugar.
Pois bem. Com o advento do capitalismo, fórmula encontrada por muitos como fator preponderante na alienação, dominação e satisfação pessoal, o globo terrestre não mais passa a ter suas formas e cores tão perceptivas. As cores se convergiram para uma única cor, as formas se transformaram em um único formato, e, aí, formamos dois mundos.


De um pequeno lado, aqueles que vão além do imaginário e creditam a esta fase todo o seu conhecimento, amor e alegria para viver. Na outra parte do mundo, estão pessoas em busca de adquirir conhecimento em escolas que ensinam datas, números e fórmulas, mas se esquecem de ensinar a viver em sociedade.


Ensinar que em 11 de setembro de 2001 as Torres Gêmeas foram derrubadas, sem dúvida, é importante, porque este fato mudou a história do mundo contemporâneo. Ensinar que milhares de pessoas morreram ou tiveram suas vidas esquecidas pelos 21 anos de ditadura militar no Brasil também é importante. Talvez se estes alunos não lembrassem a fórmula Hip²=Ca²+Co², conhecida por Teorema de Pitágoras, muitos teriam perdido a chance de ingressar em uma Universidade.


Tem sido por estes ensinamentos que temos formado crianças com datas para falar, jovens cheios de números e ilusões, e, por fim, adultos com a fórmula da mentira na ponta da língua. O passaporte para o outro lado está aí, basta que passe a conhecer a história da vida através das datas que oprimiram e maltratam, até hoje, milhares de pessoas.

Os verdadeiros números irão mostrar que a luta não foi para serem heróis, mas para que na história seus nomes fossem lembrados por aqueles que acreditavam que a verdade e a esperança nunca morrem. A fórmula de Pitágoras irá mostrar que tudo foi ao quadrado: a ganância, o poder e a mentira.


Está aí o mundo divido em duas partes. Cabe a você a escolha de onde quer morar.


Fonte da Foto: racismoambiental.net.br

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ser humilde para aprender




Se imaginarmos que, quando criança, aprendemos tudo de forma espontânea sem nem saber o significado da palavra humildade. Aquela ingenuidade faz da criança um sábio, um corpo puro sem pretensões, sem influências, fazendo-lhe um aprendiz da vida.

As primeiras palavras, o primeiro sorriso, as primeiras passadas são tudo um aprendizado para a construção de um novo caminho. E deveríamos ser uma verdadeira criança sempre. Aprender a dar os primeiros passos na escolha da profissão. Almejar ser um grande advogado, médico ou jornalista é fácil, mas antes temos que aprender a ser um médico, jornalista e advogado.

Esse aprendizado passa por escolhas, conquistas, desafios, frustrações, mas não morre nunca a esperança de vencer. Aprender a sorrir, e os mais velhos podem, imbuídos de sentimentos contraditórios e percepções errôneas, dizer: “Sorrir com o quê? Não consegui trocar meu carro, não consigo um bom emprego, continuo morando com os meus pais.” È, realmente, o aprender a sorrir tem que ser quando acorda e percebe que continua ao lado daqueles que te amam, quando olha para o teu corpo e vê que tens saúde para conquistar o mundo. Esse aprendizado não para e caminha com passadas lentas na escolha de um mundo mais justo.

É aí quando temos que ter humildade para a aprender a ensinar. Aprender que educar não é dizer sim e não, amar não é impor ou aceitar, viver não é fazer parte e sim aprender a lidar com o contraditório.

Certo dia, um homem teria sido condenado à forca por cometer crimes tributários contra sua nação. E no dia do seu enforcamento, estava toda a sua família presente, seus amigos e os curiosos que passavam naquela praça pararam para observar. Quando levantaram a guilhotina, o homem olhou para o rei e disse: “Como vai matar um homem que pode fazer um cavalo voar?”. Perplexo com o que tinha escutado, o rei pediu para que o homem fosse retirado da forca para lhe explicar o que tinha dito e o homem repetiu que poderia fazer o cavalo voar. O rei então pediu para buscar um cavalo e disse: “Agora o faça voar”. Aquele senhor olhou para o rei e falou: “Senhor, preciso de dois anos para treinar o cavalo e, se depois disso não conseguir, o senhor pode me matar e também matar minha família”. O rei resolveu aceitar o desafio e soltou aquele preso.

O caminho até em casa era só de reclamações dos familiares, que diziam que ele não iria conseguir e todos estariam mortos daqui a dois anos.

Chateado com aquelas indagações, o homem exclamou: “Antes eu tinha apenas dois minutos, agora tenho dois anos para estar ao lado da minha família, tenho dois anos para pensar o que vou dizer ao rei. Quem sabe o animal não morre e aí tenho mais dois anos para treinar um novo cavalo.

O rei também pode morrer nesse tempo e o que assumir me libertar desta pena”. Isso mostra o quanto este senhor aprendeu a gostar da vida, aprendeu com as palavras que uma vida não poderia ser retirada por um ato impensado. A vida está aí e nós é que temos o desafio de aprender com ela.


Fonte da foto: usstar.com.br

sábado, 12 de dezembro de 2009

Sonho Perdido




Olhando de longe, o que dá para observar é uma grande quantidade de pessoas de preto, mas, com a aproximação das câmaras, percebemos diferenças de raças, de cores e, a cada discurso, objetivos contraditórios. Estou me referindo à reunião do clima em Copenhague, na Dinamarca.
Esperávamos discursos coerentes e acordos animadores que viessem a contribuir com as gerações futuras, mas infelizmente o que vimos foram demonstrações de vaidade e jogos de interesse.


No fim bem próximo, todos pecarão pela omissão da caneta.
Bastava uma assinatura, uma palavra de bom senso, a consciência de resolver não problemas recentes, mas catástrofes futuras que vão matar aqueles que poderiam desfrutar a beleza da vida. Enganados aqueles que estão pensando que o homem destroi a natureza, os últimos acontecimentos demonstram que ela, sim, pode mudar o rumo do planeta. Onde só se havia terra virou rio, aqueles que nadavam na abundância da água hoje choram pelo desaparecimento do líquido.

Os ventos sopram numa velocidade impressionante e levam o que encontram pela frente, novas doenças aparecem sem nem o homem saber sua causa e de onde estão vindo. Isso me faz lembrar uma história de dois adolescentes que certo dia resolveram se separar para viajar o mundo. Os dois marcaram para se encontrar em determinado ano e país. Apaixonados por novas descobertas, eles seguiram. Vários dias e noites viajando, é chegada a hora do reencontro. E, no determinado local marcado pelos os dois, só foi possível reconhecer um ao outro pelos documentos.

Se a jovialidade de um era nítida ao primeiro olhar, isso não poderia ser observado no outro. A pele mais castigada e as marcas deixadas no rosto davam-lhe a aparência muito mais velha, apesar de terem a mesma idade. E durante uma conversa, o que aparentava ter mais idade perguntou para o outro: “O que sua visão enxergar naquele horizonte é meu, procurei neste tempo em que nos separamos trabalhar e acumular riquezas. E você o que fez?” E outro, com uma voz bem serena, disse: “Procurei fazer realmente o contrário. Passei todo este tempo observando, desfrutando as paisagens e as pessoas que encontrava pela frente, e acho que isso não tem preço”.

E realmente esse exemplo nos faz refletir sobre o que adianta os países como China e Estados Unidos apressarem o relógio da vida, nesta busca incansável por acúmulo de tecnologia e riqueza, se sua população já não aguenta mais sofrer com as angústias, sofrimentos e doenças da mente? Não basta vencer os outros, a luta incansável tem que ser para vencer a nós mesmos. A mudança tem que começar de dentro para fora.


É preciso reconhecer que estamos chegando ao limite da invenção, agora é reinventar os nossos conceitos e mudarmos para que filhos e netos não sofram com escolhas precipitadas. A esperança não morre, ela só servirá de espelho para aquilo que julgamos como vida.


Fonte da Foto: susanc33.blogspot.com

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

À espera de um novo dia



Certo dia, ao observar uma família que morava em um dos grandes centros do país, pude perceber que existiam duas filosofias de vida passadas para os filhos daquela família. Uma era utilizada quando entrava em casa e outra quando passava do portão da frente com destino à rua. A forma de falar, de cumprimentar as pessoas, de ouvir e até o estado de espírito mudavam quando saiam de casa.


Aquilo foi me chamando atenção. Em determinada ocasião, encontrei o patriarca da casa e lhe perguntei: “Por que seus filhos se comportam de uma forma em casa e na rua eles são outras pessoas?” E o pai nem concatenou o que iria responder e me disse: “Mostrei para eles que existem dois mundos: o que os aguarda depois do portão da frente é cheio de mentira, inveja, ódio, traição, ausência de esperança e tantas coisas que poderíamos passar o dia inteiro aqui elencando. Mas, ainda existe o outro mundo que está do portão para dentro, e este, sim, os aguardava com amor, felicidade, esperança e união.”

Ele terminou me dizendo que criava os filhos para saber conviver com o mundo. Aquilo me fez refletir e cheguei à determinada conclusão que mundo que o pai apontava, como aquele depois do portão da frente, nada mais era do que um reflexo desta percepção errônea de se educar os filhos.


Devemos educar o mundo para os nossos filhos e não os nossos filhos para o mundo. Ou invertemos estes valores de amor, felicidade, esperança e união para os que estão lá fora ou, em um futuro bem próximo, eles serão recebidos de braços abertos pela inveja, maldade, ódio e pela traição.


A vida é como o eco das montanhas, quando a chamarmos de feia, de mentirosa, de insuportável, ela nos devolverá aquelas palavras em forma de eco. Agora se a chama de bonita e de bela, ela fará os teus dias mais alegres, bonitos e iluminados.


Fonte da foto: conversadeliquidifica

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Em cartaz: o teatro da vida real






Vinícius de Moraes e Toquinho um dia cantaram assim: “Sei lá, sei lá, a vida é sempre uma grande ilusão. Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão”. Essa é a letra da música “Sei lá, a vida tem sempre razão”, que hoje faz parte da trilha sonora da novela Viver a vida, da rede Globo. Esta estrofe é profunda e nos remete a uma pergunta: a vida é uma verdadeira ilusão ou o ser humano transforma esta dádiva em um teatro de ilusões?


Se fôssemos montar uma peça, não faltariam elementos, nem situações para montarmos o teatro da sociedade atual. Os nossos primórdios, de forma sincera, já se fazia uso desta arte, só que de forma ritualista, como adoração aos deuses da época. Para eles, era uma forma de agradecimento àquilo em que acreditavam.

Eles não eram atores e nem encenavam para comprovar a verdadeira fé. Para eles, a fé era a dimensão da verdade, e verdade não se omite, não se encena, não se ilude. Pois bem, a sociedade da “transformação” conseguiu fazer do seu teatro, chamada vida, uma verdadeira ilusão. Ilusão do caráter, quando acredito que ferir meus princípios nada mais é do que ser igual aos outros; ilusão da verdade, quando não consigo nem ser verdadeiro comigo mesmo; ilusão do amor, quando imagino comprá-lo para saciar meus desejos.

Na verdade, os compositores desta música não fizeram nada mais do transportar a realidade em letras harmônicas. Para viver a vida, não precisa encenar, nem ter o dom de ser ator, nem fingir que esqueceu o texto.


Seja você, transforme seu texto nas palavras que vão fazer um mundo mais justo, erga a cabeça e diga que é feliz porque não encena riqueza, sorriso e nem frustrações.




Fonte de foto: casaxv.blogspot.com

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Livre arbítrio: a liberdade de Deus



Charles-Louis, o barão de Montesquieu, foi um dos grandes filósofos da nossa história e, em um certo dia, expressou esta frase: “A liberdade é o direito de se fazer o que as leis permitem”. Que leis são estas? A criada pelo ser humano ou as leis de Deus ? A criada pelo ser humano denota erros e equívocos, que, na maioria das vezes, pune de forma repressora a consciência do viver.


O viver em sociedade nos remete aos símbolos, códigos e regras para que esta convivência seja harmônica. Quando pronunciada, talvez o filósofo não contasse com os sentimentos opostos e a interpretação dela.

O juiz de Direito retira a liberdade quando entende que regras foram descumpridas, os jornalistas mostram a liberdade da forma que interpretam como certas, os médicos libertam do sofrimento aqueles que acham que merecem respeito, e, assim, vamos reinventando a liberdade de viver. O criador encontrou na liberdade do amor a forma de enxergamos a verdadeira liberdade.


Retirou a liberdade da visão daqueles que só enxergavam as maneiras cruéis de punir alguém do erro, retirou a liberdade dos movimentos dos membros que um dia escolheram curar só os que apresentavam prestígio e poder econômico, retirou a voz, enquanto instrumento utilizado para privilegiar minorias, e, assim, foi justificando a liberdade da consciência.


As leis criadas para sobreviver nas periferias brasileiras são a lei do silêncio. Ela faz com que pessoas sejam assassinadas se denunciarem o que olham todos os dias. As leis criadas pelas religiões nos leva a acreditar que a liberdade está na forma egocêntrica de viver, acreditar na existência de um ser punitivo, cobrar para viver um mundo feliz.


Então, liberdade nunca foi cumprimento de lei humana, e sim o viver na forma do que se compreende por amor.
Fonte da Foto: grupofranciscodeassis.com

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

2010: Ano do circo




De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram gerados 242.126 empregos formais em agosto deste ano. Como diz o cantor Roberto Carlos, “ daqui para a frente tudo vai ser diferente ”...

Não só a geração de empregos vai melhorar. Já começamos a ver os buracos das nossas rodovias sendo tapados, o nosso salário mínimo aumentando e já começamos a ver grandes políticos em feiras livres, botecos de esquina, festas de associações de bairros, entre outras situações.

Ah... Como queria que todos os anos fossem de eleições! Neste país, nada mais me surpreende. Quando era criança, escutei muita gente na hora de escolher o seu candidato e político para votar dizendo: “Meu candidato é fulano porque ele, além de ser uma pessoa séria e de boas propostas, está em um partido que defende uma ideologia política centrada na ética e na verdade”.

Passados os anos, observo que as coisas mudaram muito, agora políticos vibram com o fim da união dos mesmos pensamentos. São políticos de esquerda apoiando os de direitas e vice e versa. O picadeiro está montado, os palhaços já estão contando mentiras e querendo iludir a plateia.

Os fantoches por enquanto estão parados, mas, com certeza, com qualquer dinheirinho voltarão a ser manobrados. A plateia (essa, coitada!) anda sorrindo à toa. Claro, tudo está bonito, tudo é festa, não tem problema, a fome está passando, o desemprego está acabando, os dados e as estatísticas estão do nosso lado.

Meu Deus! Só te peço que abra os olhos dessa plateia, para que as palmas e os sorrisos não virem lágrimas tão cedo.


Fonte da Foto:paoeprosa.wordpress.com

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Asas de uma lágrima



Um sonho acordado é estranho, mas é normal sentirmos esta sensação quando nossas mentes atingem o seu ápice, começam a trazer reflexões e imagens muito próximas em uma velocidade impressionante. Certo dia, um relógio – peça fundamental nos dias atuais – de uma casa caiu e, ao invés de rodar no sentido horário, começou a fazer a rotação contrária. Aquilo foi um transtorno naquela família.

As crianças perderam o colégio, os pais atrasaram no trabalho, foi um tormento. Estava sacramentado que nos dias atuais aquele simples relógio não só marcava as horas, como controlava a vida das pessoas. Mas o que dizer se todos os relógios fossem parados?


Imaginemos os iraquianos sem marcar o tempo para que as bombas pudessem explodir e dizimar milhares de pessoas. No Irã, os estudos nucleares passariam a caminhar em passos lentos, porque aquele relógio que andava apressado para produzir armas químicas e poderosas passaria a não ter finalidade. Os seus alvos – países de primeiro mundo que detêm hoje o poderio militar e econômico – não tinham mais tanta pressa de produzir, exportar, importar, etc. Na África, talvez menos crianças iriam morrer de fome ou vítimas da aids. No Brasil, iríamos diminuir os crimes de colarinho branco, aqueles que são praticados à luz do dia, sem nenhum escrúpulo.

Tinha que ser assim. Criamos o relógio, aprendemos à força a conviver com ele, e, agora, nos resta desmistificar Tempo x Vida. Ao ser consertado, o relógio voltará a fazer sua rotação diária e aí voltaremos a chorar com aquelas crianças mortas, com o desespero dos pais, com o fanatismo religioso transformado em sangue pelas ruas.


A vida não foi criada para vivermos assim, mas o saber do homem foi mais longe e ele transformou o tempo em dinheiro, as pessoas em mercadoria, as religiões em guerra, os animais em bicho de extinção, e aí não parou e chegou ao que é hoje. A vida não pode parar, isto tudo é um ciclo. Deveria ser como as plantas que nascem, crescem, envelhecem e morrem, mas infelizmente estamos ultrapassando etapas. Estamos nascendo já de roupa e aprendendo inglês para sobreviver.

Quando chegamos à fase de adolescente, as máquinas invadem o nosso cotidiano e não conseguimos ficar sem elas. Os anos avançam e, quando atingimos a fase adulta, temos que suar para manter o que conseguimos. Assim, a luta invade as manhãs e noites sem sono. A avalanche de lembranças só acaba quando nos tornamos idosos porque o filme da vida não para de rodar.


Ele nos mostra que a bomba enrolada ao corpo nada mais fez do que chamar a atenção para a dor do preconceito, do sofrimento, da falta de fé. As armas químicas eram só instrumentos para matar a arrogância política, o poder econômico e a frieza humana.

Não precisava disso, imaturos jovens, hoje a idade me dá não só cabelos brancos, mas uma proximidade com as coisas que não vivi com amor. Troquei as bombas amarradas ao meu corpo pelas palavras sábias e de conforto. Aprendi a alimentar o sofrimento com o sorriso, e vi na imagem de Deus a esperança de um mundo mais justo.


As armas químicas troquei pela humildade, e partilho hoje a riqueza com os mais necessitados.


Não deixe para refletir quando os cabelos brancos aparecerem, eles são só marcas de um tempo e não sinônimo de inteligência.


Fonte da Foto: pontoblogue.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O QUE SOMOS ?



Certas experiências reafirmam a certeza de que a verdadeira criação de Deus, não alimenta nenhuma expectativa especial a respeito do que gostaria de ver.


Na condição de jornalista como posso descrever o temor de uma possível decepção ou a ausência de qualquer descoberta ou surpresa que teria o Pai Celestial.


Não passamos de estruturas abstratas, vazias de significado ou emoção tornando apenas matéria informem, retornando do caos.


Como é triste escrever o vestígio de um momento pobre de uma era cristã. Sinto-me como uma obra silenciosa que não incomoda , mas, preciso expressar a impotência do homem diante de sua própria ignorância.


Deus na sua infinita sabedoria nos faz sentir a poderosa força expressiva que continua viva , fazendo-nos ouvir com os olhos, uma sinfonia do silêncio.


O impacto da visão primeira é tão grande, que permite a percepção do que é verdadeiramente essencial para sermos humanos.

Descubra esta força em você, que saberás o que somos.


Fonte da Foto: joamilabrito.zip.net