sábado, 16 de fevereiro de 2013

Educação à beira de um abismo





O Brasil pode estar dando um passo para o abismo na educação do país. Este novo projeto de Lei de Cotas, que passou pela Câmara, Senado e foi sancionado pela presidente Dilma, vai separar metade das vagas disponíveis nas federais do país para os alunos oriundos de escolas públicas.

Esse número será distribuído segundo a cor da pele ou etnia do candidato deixando de lado o critério de desempenho escolar. Isto é mais uma medida popular e imediatista que busca, ao término de quatro anos de um governo, apresentar para a sociedade números elevados de pessoas que estão cursando o ensino superior.
O Brasil tem hoje 2.341 instituições de ensino superior públicas e privadas. Este projeto vai afetar 59 instituições federais, incluindo os ensinos médio e profissionalizante ligados ao Ministério da Educação. E é justamente das instituições públicas estaduais e federais que saem 86% dos artigos científicos publicados internacionalmente e que contribuem com as descobertas científicas do país.

Estão esquecendo que jovens que hoje estudam em escolas particulares não por opção, mas porque o ensino público está sucateado, estão se matando de estudar para garantir uma vaga em concorridíssimos vestibulares das universidades federais para, no futuro, conseguirem emprego neste perverso mercado de trabalho. Eles serão penalizados, porque foi a única forma que o governo escolheu para sair bem na foto e justificar crescimento e não o avanço no próximo pleito eleitoral.

Não é desta forma que se dá oportunidade aos mais pobres ou às classes menos desfavorecidas da sociedade não. Os pais que colocam os filhos nas escolas particulares não deixaram de pagar impostos não. Esse dinheiro deve passar a ser melhor empregado no ensino fundamental e médio das escolas públicas e aí, desta forma, estes adolescentes vão conseguir o que hoje só conseguem os que pagam para ter o estudo de qualidade.
 
Mas se já exportamos tanta coisas, contratar mão de obra capacitada será só mais uma no ranking do Brasil dos políticos maldosos e de uma população inocente.

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