quinta-feira, 16 de julho de 2009

A crise humana





O cenário econômico mundial está cada vez pior após uma crise imobiliária, que começou nos Estados Unidos e afetou o mundo. Não abrimos um jornal ou não assistimos a um noticiário que não fale sobre esta crise. E por que tanta preocupação? Vivemos em um mundo capitalista e o prolongamento desta situação vai levar ao desencadeamento de diversos fatores como queda na geração de empregos formais, aumento da miserabilidade, queda nos investimentos públicos e outros fatores que vão mexer com a vida social das pessoas. Precisou a crise afetar o lado econômico para que o mundo todo entrasse em pânico.

O planeta terra há tempo que pede socorro para tantas outras crises que estamos vivenciando e nem sequer conseguem espaço na mídia e na mente das pessoas. O Nordeste brasileiro, em pleno século XXI, apresenta, ainda, altos índices de analfabetismo.

As doenças como dengue, identificada como de países de terceiro mundo, assolam vários Estados do país. As nossas políticas ambientais não conseguem ser compatíveis com o nosso esdrúxulo crescimento econômico. E este rolo compressor, que não para de encontrar situações favoráveis para continuar se movimentando, chega até às nossas famílias.

É quando encontramos filhos matando pais para roubar, pais estuprando filhos para satisfazer prazeres carnais, mães roubando para conviver bem num meio social. Onde vamos parar? Aqueles que um dia nos fizeram colocar no lugar mais alto do poder, seja ele legislativo ou executivo, nos retribuem com exemplos de corrupção, omissão e saciamento da liberdade.

Esses indivíduos não entenderam ainda que para falar ao vento bastam palavras, mas para falar ao coração é preciso ser verdadeiro. E por não serem, terminam levando à morte os projetos, sonhos, realizações que um dia nos pertenceram. Essas são as crises que deveríamos estar preocupados, que deveriam preencher as folhas dos nossos noticiários.


Não podemos incorporar no nosso consciente a ideia de normalidade, enquanto vivemos enjaulados para não sermos mortos, com medo do amanhã, porque não sabemos se vamos continuar respirando. Os neófitos chamam de desequilíbrio da natureza, mas os sábios respondem que isto é vida sem amor.

Para um país, cujo passado é inexistente, o presente só pode ser incerto e, com certeza, o seu futuro será obscuro.

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