sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um passado que não vai deixar saudade


Após passar meses percorrendo os vários Estados e cidades dos Estados Unidos apresentando suas propostas de governo, o presidente Barack Obama já mostra que seu governo será, realmente, diferente dos últimos mandatos do ex-presidente George W. Bush.

O último presidente conseguiu levar para as outras nações um sentimento de ódio, discórdia, egoísmo e de frieza aos problemas sociais do mundo. Ódio quando resolveu invadir e cometer um genocídio no Iraque, afirmando que o país estava produzindo armas químicas. Até hoje nada foi encontrado.


Seguiu promovendo a discórdia quando não quis assinar o Protocolo de Quioto, protocolo que prevê um convênio entre as nações para diminuir a poluição ambiental. O ex-presidente não queria que as indústrias norte-americanas fossem afetadas, de forma econômica, com as políticas ambientais propostas pelo protocolo. Não adiantou o apelo feito pelos países pobres e emergentes, que pediram para baixarem as altas taxas cobradas para entradas de produtos nos EUA, porque Bush só pensava no aumento da riqueza do seu país.

Um certo sábio, que era pai de uma adolescente, resolveu caminhar com o seu filho para conversar sobre os valores da vida e mostrar como deveria se viver neste mundo. Ao chegar em um determinado local, o pai olhou para duas belas montanhas e disse: “vocês são lindas”; e as montanhas responderam: “você é lindo”. Assustado com o que tinha escutado, o filho continuou calado esperando o pai falar de novo com as montanhas. Aí o pai falou: “vocês abrilhantam os nossos dias”. E as montanhas responderam: “você abrilhanta os nossos dias”.

O filho, não acreditando com o que tinha escutado, retrucou: “vocês são feias”. E as montanhas, imediatamente, responderam: “você é feio”. O pai olhou para o filho e disse: “filho, os humanos chamam isso de eco, mas os sábios dizem que isto é a vida”. Os Estados Unidos não poderiam nunca colher bons frutos se só plantavam maldades. O novo presidente abriu de novo o país para o mundo.

A decisão de divulgar para a imprensa as fotos dos maus tratos feitos pelos soldados americanos, em 2004, aos iraquianos e afegãos, a medida de acabar com a cadeia de Guantanamo, onde prisioneiros eram torturados, e ainda sentar para conversar com líderes mulçumanos mostram a grandeza do presidente Barack Obama. A infância pobre e o preconceito sofrido durante a adolescência parecem ter feito o presidente saber que devemos sempre viver com humildade, paciência e consciência do perdão.

A saudade é um sentimento que quem sente sabe que dói, machuca. Mas como é bom ficar na memória das pessoas! A lembrança nada mas é do que saber que o que foi demonstrado, ensinado, vai servir como lição para aqueles que amaram um dia.
Fonte da foto: oquintopoder.com.br

domingo, 26 de julho de 2009

Que bons tempos eram aqueles...


Conversar nas calçadas, brincar carnaval nos bairros, namorar por cartas, escutar belas músicas... parece que vivíamos em um paraíso.

Mas o que fez tanta coisa mudar? Hoje temos mais tecnologia, temos mais seres humanos para contribuir com a sociedade, temos diferentes tipos de meios de comunicação para nos informar e educar, mas, mesmo assim, não conseguimos viver como antigamente.

A combinação homem e tecnologia parece que não vem dando certo. O que se esperava com o avanço tecnológico eram maneiras melhores de se viver em sociedade e não facilidades de acumular riquezas.

A caligrafia e desenhos inconfundíveis do seu amor foram trocados por letras e símbolos iguais, que friamente chegam a seu computador. A batida do violão e as belas letras foram trocadas por pornografias e sons (remixados), que nadam querem dizer.
Desagradam a cada instante o Criador, com tentativas frustrantes e equivocadas de se criar um ser humano.

O futuro promissor que tanto se espera parece caminhar para escuridão. Não é difícil encontrar robôs aqui na Terra, certo de que não são aqueles geneticamente fabricados, mas aqueles obcecados pela ganância, pelo poder e ausentes de sabedoria.

O robô é visto na comunicação por aqueles que seguem o padrão da alienação, é visto na medicina por falsos médicos que enriquecem laboratórios prescrevendo remédios sem mesmo avaliar o paciente.

Sem mais espaço para alienar, sem mais terra para possuir, os falsos sábios tentam agora vidas em outros planetas, porque parece que neste não tem mais jeito.
Fonte da foto: www.uesb.br

O Jogo da Vida


São milhares de pessoas de etnias, cores, nacionalidades diferentes habitando em um pequeno globo. Em comum, eles só têm uma coisa: a missão. A todos foi dado um vasto horizonte coberto por plantas para que dali fosse retirado o seu sustento.
A água brota da fonte para saciar quem tem sede.


Para abrilhantar este jogo apareceram os animais com o seu colorido, deixando ainda mais bonito o cenário para se jogar. Mas o que falta agora para darmos início? É quando aparecem os humanos. A cada um foi concebido um dom.


Um recebeu o dom de transformar as letras em bonitas melodias. Outros com a sua beleza encantavam quem os observava e assim foi se formando um conjunto harmonioso, pronto para praticarem o bem e darem exemplo aos novatos. Mas e o árbitro para julgar quem está certo e errado? Este não existe, quem está observando só ama.

É dado início ao jogo e aqueles que receberam o dom das palavras enxergaram na sua habilidade a possibilidade de dominação de uma grande massa. As melodias escritas por eles agridem, humilham, machucam e não acrescentam em nada.


A beleza exposta naquele rosto e corpo encantava quem a observava. Não lhe faltavam pretendentes para pedir sua mão em casamento. O tempo passava e a beleza continuava sozinha. Toda aquele estereótipo escondia uma beleza mentirosa, covarde, omissa. Não se construía amizades e nem se plantava o amor daquela maneira. É chegado um certo momento em que o jogo passa a se tornar maléfico.


A todo instante o que se via era desentendimento, autoritarismo, jogadores “vendendo” a sua ética, dignidade para vencer. Os veteranos deste jogo precisam ensinar aos novatos que não morremos pra a vida e sim nascemos para a morte das injustiças, maldades, incertezas e de tantas outras coisas que não deixam este placar sair do zero.


Todas as condições foram dadas para um bom jogo, até uma pequena torcida esperava para saldar os vencedores. Não chute para fora esta oportunidade de ser feliz. Viva intensamente o hoje, sem pensar no que passou, sorria para os problemas, ama aqueles que torcem pelo teu sucesso, desfrute a beleza deste jogo e deixe para os novatos acreditarem que nós somos o que sonhamos e não o que pensamos ser.
Fonte da foto: www.pimentinhabm.blogspot.com

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Um sonho de liberdade


Quando criança, vivemos numa eterna “liberdade”, mesmo sem ter noção de qual o real significado da palavra. Vamos partir do conceito de que a liberdade é o conjunto das ideias liberais ou dos direitos garantidos ao cidadão.


E por que aquela sensação de liberdade quando criança parece encantar as nossas mentes? Os nossos dias parecem sempre mais longos e procuramos nos dedicar às brincadeiras, às conversas, ao descanso necessário ao corpo e outras coisas que a vida nos proporciona.

O tempo passa, as responsabilidades aparecem e aí com elas surgem diversos fatores que começam a camuflar esta “liberdade”. Conversar é perder tempo e em um mundo capitalista isto tudo é igual a dinheiro.

O descanso é fechar os olhos durante a noite e sonhar com os problemas de amanhã. As brincadeiras viraram jogos e hoje rendem dinheiro. As responsabilidades mudaram isto tudo ou nós mudamos a forma de enxergar os valores das coisas?

Falar em liberdade nos remete aos tempos sombrios da ditadura. Lá se foram 21 anos de repressão às nossas músicas, aos nossos costumes e à nossa maneira de enxergar as coisas. Naquela época, o sentido de liberdade estava aguçado nos discursos e na mente das pessoas, devido à forma castradora que nos foram retirados os prazeres da vida. Temos que ter uma visão holística de tudo que estamos vivendo e perceber que a ausência da liberdade nos torna prisioneiros do tempo, das pessoas, dos governos, etc.

Talvez o prisioneiro de hoje não perceba que os momentos dedicados às conversas sejam verdadeiros aprendizados do amanhã. O descanso necessário ao corpo lhe proporcionará, em um futuro bem próximo, uma qualidade de vida melhor e, necessariamente, um aproveitamento das belas coisas que a vida nos oferece.

A liberdade está dentro de cada um de nós, basta que busquemos encontrá-la no amor sincero, sem cobranças e explicações idiotas, nos governos democráticos, não estes que estão aí reprimindo, enganando, mas naqueles que procuram nos libertar através de uma boa educação, saúde e princípios de vida.

Uma escolha, um destino, uma vida...



Quando criança, já começamos a demonstrar sinais de poder de escolha e algumas pessoas não entendem por que sorrimos para uns e choramos para outros. È, na verdade, eles já refletem o que sentem, sabem quando são recebidos com sorriso e, na maioria das vezes, repudiam através do choro os maus tratos. O tempo vai passando, aquelas crianças se tornaram adolescentes e, de novo, são colocados em situações de escolha. Qual profissão devo escolher? Alguns optam por aquelas que têm vocação para exercerem, outros escolhem porque acharam bonito, ou porque financeiramente será viável alcançar o sucesso mais rápido.

Nesta briga inconstante contra o relógio da vida, alcançamos a fase adulta e aí aparecem o casamento, o lado profissional e tantas outras escolhas. Na verdade, a escolha requer um questionamento interior com os seus valores. Devemos buscar não o sucesso e sim a felicidade.

As pessoas que passam pelas nossas vidas e acendem a chama do amor não precisam atingir o padrão de beleza forçado pela sociedade, não precisam ser fruto de milionários frustrados. Mas elas precisam, sim, sorrir sem precisar justificativas para os sorrisos, apenas a brisa do viver, amar sem cobranças e deixar que a liberdade construa valores inesquecíveis.
Os cabelos brancos vão aparecendo, a idade avança e com ela a escolha também vai se despedindo.

Não há mais tempo para escolher se morreremos, agora é só refletir. Refletir se educamos os nossos filhos com valores de vida ou deixamos que a sociedade mostrasse o caminho da hipocrisia. Refletir se fomos sombra ou pilares na construção da felicidade profissional, refletir por que envelhecemos fisicamente tão rápido, quando ainda não era tempo, mesmo sabendo que apressar o relógio da vida é maltratar o coração. È que bom que as escolhas sejam como o olhar do sábio, que quando olha para fora sonha e quando resolve olhar para dentro acorda.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A gripe atingiu a crise




O mundo está estagnado diante da última doença apresentada à população. A gripe suína, ou a gripe A como a Organização Mundial de Saúde (OMS) denominou, conseguiu, em poucos dias, fazer com que as pessoas esquecessem a crise econômica.

Reflexo de um mundo capitalista, os meios de comunicação não só estão informando, como também causando terror em todo o mundo. O que dizer diante destes dados: OMS diz que AIDS mata 2,2 milhões de pessoas por ano; Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) afirma que 50 mil casos de câncer de mama são detectados por ano, sendo 12 mil mortes em decorrência da doença no mesmo período; 1,2 milhões de pessoas morrem nas estradas do país todos os anos.


Esses não seriam os dados que deveríamos estar discutindo e alertando as autoridades? A gripe foi a alternativa encontrada pelas grandes potências para conseguirem liberação de recursos, fazer com que a população volte a consumir e aquecer alguns setores que vinham sofrendo com a crise.

Certo dia, assistia a um programa de entrevistas com uma grande cantora brasileira e durante um determinado momento, ela foi questionada pelo apresentador sobre qual seria o seu sonho. A cantora respondeu que chegou a ficar preocupada quando conseguiu realizar um grande sonho da sua vida que era ter um avião. Essa resposta me fez refletir sobre qual a nossa missão aqui na terra. Quantas pessoas já conseguiram o que sempre almejaram e hoje estão à mercê de uma sociedade extremamente capitalista e castradora de valores?

Penso que não morremos para a vida, mas nascemos para a morte da injustiça, desigualdade, omissão e inveja. A crise econômica só veio ratificar a vulnerabilidade dos países considerados potências econômicas. Não basta mais se reunir, visitar e discursar utopias. Ou abrimos os olhos para os acordos, conciliações e os problemas sociais, ou nos tornaremos verdadeiras árvores artificiais, vulneráveis à maldade dos homens.

O Brasil clama por revoluções no sistema educacional, a África chora com fome, o Iraque pede socorro de justiça, a Venezuela sonha com a liberdade. Não adianta mais somar, diminuir, multiplicar, porque não somos números, aprendemos sim, de forma errada, a conviver com eles. Ouviremos por alguns meses a lista de mortes e países contaminados aumentar porque está tudo correndo como planejado.


Já foi a vaca, o frango e agora o porco. Qual será a próxima espécie?

A destruição de um sonho




A decisão do Supremo Tribunal Federal deixou vulnerável uma categoria que há 40 anos foi regulamentada. A legitimidade do diploma para o exercício da profissão foi questionada pelos pseudojornalistas, que querem repassar a ideia para uma pequena parcela da população que a profissão de jornalismo é meramente técnica.

Esses pseudojornalistas não souberam aproveitar o tempo acadêmico, tempo este que constrói uma identidade cultural, faz do profissional não este que está no mercado de trabalho à procura de tragédias para sobreviver, mas aquele que tem uma percepção do ser.

Se há uma profissão que precisa do conhecimento acadêmico para exercê-la esta é o jornalismo. Trabalhamos com o ser humano e precisamos, mais do que nunca, entender que existe coisa que a técnica não constrói, como a ética e a valorização do ser humano. As pessoas precisam ser tratadas não como produtos do meio, mas como peça fundamental na formação de ideias para um mundo melhor.

Casimiro de Abreu, no seu poema Meus Oito Anos, dizia assim: “Que saudade eu tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida”. A pureza da infância lembra nossos tempos de academia, quando acreditamos construir um mundo mais justo, denunciar as barbaridades políticas, lutar contra os padrões impostos pela sociedade para, aí sim, pensar em criar um senso crítico capaz de fazer do ser humano não massa dominadora da elite, mas uma criatura conhecedora dos seus valores.


O mundo contemporâneo tem levado os pseudojornalistas a buscarem problemas sem soluções, a exporem o ser humano a situações às vezes constrangedoras, o sensacionalismo é a marca da sua incompetência. Eles têm que lutar para continuarmos sempre terceiro mundo, porque seus empregos estarão garantidos por um bom tempo.

A crise humana





O cenário econômico mundial está cada vez pior após uma crise imobiliária, que começou nos Estados Unidos e afetou o mundo. Não abrimos um jornal ou não assistimos a um noticiário que não fale sobre esta crise. E por que tanta preocupação? Vivemos em um mundo capitalista e o prolongamento desta situação vai levar ao desencadeamento de diversos fatores como queda na geração de empregos formais, aumento da miserabilidade, queda nos investimentos públicos e outros fatores que vão mexer com a vida social das pessoas. Precisou a crise afetar o lado econômico para que o mundo todo entrasse em pânico.

O planeta terra há tempo que pede socorro para tantas outras crises que estamos vivenciando e nem sequer conseguem espaço na mídia e na mente das pessoas. O Nordeste brasileiro, em pleno século XXI, apresenta, ainda, altos índices de analfabetismo.

As doenças como dengue, identificada como de países de terceiro mundo, assolam vários Estados do país. As nossas políticas ambientais não conseguem ser compatíveis com o nosso esdrúxulo crescimento econômico. E este rolo compressor, que não para de encontrar situações favoráveis para continuar se movimentando, chega até às nossas famílias.

É quando encontramos filhos matando pais para roubar, pais estuprando filhos para satisfazer prazeres carnais, mães roubando para conviver bem num meio social. Onde vamos parar? Aqueles que um dia nos fizeram colocar no lugar mais alto do poder, seja ele legislativo ou executivo, nos retribuem com exemplos de corrupção, omissão e saciamento da liberdade.

Esses indivíduos não entenderam ainda que para falar ao vento bastam palavras, mas para falar ao coração é preciso ser verdadeiro. E por não serem, terminam levando à morte os projetos, sonhos, realizações que um dia nos pertenceram. Essas são as crises que deveríamos estar preocupados, que deveriam preencher as folhas dos nossos noticiários.


Não podemos incorporar no nosso consciente a ideia de normalidade, enquanto vivemos enjaulados para não sermos mortos, com medo do amanhã, porque não sabemos se vamos continuar respirando. Os neófitos chamam de desequilíbrio da natureza, mas os sábios respondem que isto é vida sem amor.

Para um país, cujo passado é inexistente, o presente só pode ser incerto e, com certeza, o seu futuro será obscuro.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Boas vindas

Olá pessoal! Acabo de criar este blog para publicar minhas reflexões em crônicas e artigos. Espero a participação de vocês através dos comentários. Abraço!