Com a população mais jovem do mundo e com quase 800 milhões de habitantes, a África a cada dia que se passa tenta lutar contra seus problemas sociais e contra o preconceito racial do resto do mundo.
Qual a esperança que tem um jovem que nasce na África? Com uma população que se duplica de 25 em 25 anos, os problemas como falta de emprego, moradia e fome já não deixam a África andar com suas próprias pernas.
Os jovens, que são maioria no continente, já nascem com uma grande responsabilidade, que é a de mostrar que ser negro nunca foi sinal de inferioridade e sim de pessoas que lutam contra tudo e contra todos para tentar sobreviver.
Em pleno século XXI, com tanta tecnologia e informação sendo transmitidas a cada segundo, o homem mostra sua irracionalidade ao demonstrar preconceito a pessoas que, por obra divina, vieram ao mundo para mostrar o brilhantismo, a coragem e a perseverança da cor preta.
A contribuição dos negros ao Brasil foi muito importante na construção de nossa identidade. O culto aos santos que os católicos têm é uma característica dos negros africanos que têm devoção a Iemanjá; a dança capoeira, que no Brasil virou esporte, foi trazida pelos nossos “co-colonizadores”; a comida com bastante tempero e outras características africanas foram incorporadas às nossas.
O que vimos décadas atrás, quando um descontrolado alemão conhecido por Hitler acabou com seis milhões de judeus, por considerar uma raça inferior, vem à tona nesse século, só que não com os judeus, mas com os negros. Só que agora não é de forma impulsiva, mas lenta e gradual.
Como jornalista, sinto-me preocupado com o futuro dos negros, porque sei que difícil não é lutar contra o mundo, e sim consigo mesmo. A autoestima para mostrar suas qualidades já não existe mais, o mundo que lhe espera lá fora é o que paga salários pela cor, é o que determina os lugares que podem ser frequentados, é o mundo que persegue e mata.
Fonte da foto: jornalcidade.uol.com.br
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